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Phuket não precisa nem de filtro. |
Meu próximo vôo
partia de Kuala Lumpur, com destino à Phuket, na Tailândia. Fui de
AirAsia, que é uma das melhores cias aéreas low cost do continente.
A passagem é sempre bem barata, o que encarece são os adicionais.
Se você levar mala extra, paga, se quiser comer, paga, se quiser
escolher o assento do vôo, paga. Dito isso, fui na sorte no assento
que eles escolheram para moi. Galere do fundão, tamojunto. E nessas,
descobrimos que o ar-condicionado é meio segmentado na cia
ahahaha a galera da frente tem o ar normal e eu e meus colegas do
fundão recebemos jatos de ar gelado na cara, em forma de uma fumaça
provavelmente
tóxica. Eu não sei qual é a magia pra isso
acontecer (separar um tipo de ar-condicionado e um de ventilação
dentro do avião), mas a galera da Ásia sempre dá um jeito de
inventar.
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O ~ar-condicionado~ de fumaça da galera do fundão. |
Chegando na Tailândia,
uma constatação: você acha que a Ásia é quente, mas SEMPRE
esquenta mais. Quase 11h da noite e 40º de sonho, de desejo e
paixão. Cheguei e logo fui para o caixa eletrônico tirar dinheiro.
QUEM sabe fazer conversão na Ásia? Errei tudo, tirei 500 bht
achando que era bastante coisa, mas eram só 50 reais – e uma taxa
de 15 REAIS pra fazer esse saque. Quase chorei. Passado o desespero
do não-sei-quanto-meu-dinheiro-vale-mais, fui descobrir como chegar
no hostel. Opções: pegar um taxi (800 bht) ou uma van (180 bht).
Obviamente esperei até a van lotar e sairmos para os hotéis/hostels
– só que não. O que eles não te contam é que a van é quase um
tour pelas agências de turismo da cidade. Espertinhos, eles levam a
galere para algumas agências porque devem ganhar comissão quando
alguém fecha o pacote. Nem desci da van (apesar do motorista ter
sido meio grosso e dito que tinha que descer, era rapidinho, só dar
uma olhadinha). Sorry, no hablo. E não sou obrigada.
Chegay no hostel depois
de horas rodando as agências de turismo da cidade e decidi fechar um
pacote para Ko Phi Phi. O mocinho da recepção disse que uma
colombiana que estava no hostel também ia, e então no dia seguinte,
lá estávamos nós, indo de barquinho para a ilha.
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Nossos, nesse momento, futuro amiquos norte-americanos sendo simpáticos :) |
Chegamos e a ilha é
incrível! Queria ter tido mais tempo para dormir por lá ou pelas
ilhas próximas (ouvi dizer que as outras são mais vazias e mais
baratas também, mas quem lembra nomes?) A água é transparente, a
areia fofinha e os penhascos do lado deixam tudo paradisíaco.
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VOLTA mar esmeralda pra minha vida! :( |
Porém, contudo,
entretanto, CLARO QUE a ilha não é nem de longe assim tão vazia.
Quando eu digo que eu queria ter ficado mais tempo é porque todos os
barcos de tour chegam na mesma hora e a ilha fica parecendo a 25 de
março em época de natal. Tirar uma foto é quase um parto, porque
sempre tem alguém passando na frente. Entrar no mar também não é
tão simples assim, considerando que há 320 barcos parados na orla.
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TCHARAM, o povo que a gente tentou esconder nas fotos.. |
Mas nada disso tira o
brilho de Ko Phi Phi. O tour ainda para em alguns pontos de mergulho
(e o pessoal te dá máscaras e pés de pato) e em outras ilhas para
almoço e descanso.
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A cor do mar. Lágrimas de saudades. |
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Mergulho com os peixinhos e as paradas em outras ilhas. |
Voltamos do tour já
tarde e decidimos ir para a Bangal Street, rua mais agitada de
Phuket. Cheia de bares, de baladinhas e de gente querendo enganar
turistas ahaha. Fui com a colombiana do hostel e com dois norte-americanos
e duas alemãs que conhecemos no tour de Ko Phi Phi. Comemos algo
pela rua e ficamos passeando pela cidade. Enquanto você anda pela
Bangal Street, diversos tailandeses aparecem oferencendo entradas
para festas e shows. Muitos deles seguram uma placa de Show de Ping
Pong. Yo da inocência JURAVA que o show devia ser mesmo de ping
pong, porque os asiáticos são bons na coisa (Yo também é cultura
do esporte). Mãs claro que eu estava super enganada. O esquema é
mais ou menos o seguinte: você não paga entrada (ou paga um valor
bem baixo), mas é obrigado a consumir algo alcóolico dentro do
show. A bebida custa umas 10 vezes mais do que em qualquer lugar da
cidade. Os norte-americanos conseguiram fazer um esquema para todo mundo
entrar e fomos ver o que que era.
O show é a pior coisa
de Phuket. Na verdade o ping pong é jogado por duas mulheres, mas
sem as raquetes. A bolinha sai lá
debaixo de uma, pra outra. E assim vai. Eu nem cheguei a
ver essa parte porque saimos no meio do show, que inclui outros
números, como tirar um lenço infinito de lá, soltar bolinhas de
sabão e pedir pra alguém da platéia segurar uma bexiga, que vai
ser acertada com uma agulha. Adivinhem da onde sai a agulha – e foi
nessa parte que eu fui embora. Todo mundo saiu da casa meio
depressivo, porque o show é realmente assustador. Não só pelo
número em si (alguém ter que se submeter a isso para ganhar
dinheiro), mas pela cara das meninas que estavam lá. Meninas também
é eufemismo, porque as mulheres que trabalhavam lá já eram de
idade. E todos os espectadores eram obviamente turistas, o que me fez
ficar na bad por um bom tempo durante a viagem :(
Enfim, tirando esse
show e os tailandeses que são grossos quando você não quer comprar
alguma coisa, Phuket continua sendo muito linda. No dia seguinte eu
aluguei uma moto no meu próprio hostel por 200 bht a diária. Decidi
sair pela ilha meio sem rumo, me perdi infinitas vezes, passei por
uma praia chamada Sanu, e acabei parando numa praia meio deserta (com
placas de rotas de evacuação em caso de tsunami).
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Yo Pilota, já com serviços de carona e delivery. |
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As placas da cidade. Placa de elefante. QUERO. |
E claro que Phuket
teria o que toda a Ásia tem de sobra: pequenos ladrõezinhos
disfarçados na forma de macaquinhos malvados. Inclusive bebedores de
Coca-Cola.
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Macaquinho malvadinho tailandês. |
Meu terceiro dia em
Phuket era também o meu último na cidade. Continuei com a moto,
acordei cedinho e fui com a colombiana para o Big Buddha, uma estátua
gigante que fica no topo de uma montanha. Andando por Phuket, quase sempre você acaba olhando para cima e vendo o Buddha, protegendo toda a cidade. Facinho, facinho de se
chegar de moto. O local está/estava em reforma, mas vale a visita. Dentro
há também um templo e a vista da cidade é incrível.
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Big Buddha visto da cidade e do topo da montanha. |
Ficamos pouco tempo no
Big Bhudda, porque precisávamos sair do hostel; eu
porque ia para Ko Tao, ela porque ia para a França. Devolvi a moto,
fiz o check-out e aí começou a minha saga para chegar até Ko Tao, a ilha
dos cursos de mergulho da Tailândia..
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Hostel:
Balcony Hostel Phuket - 4 bed mixed room
2 noites
BHT 720 - R$ 60
Alguel de Moto por dia:
BHT 200 - R$ 17
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