Jantar na rua mais legal de Kuala Lumpur :)
A comida de Kuala Lumpur lembra bastante a comida da minha amada Indonésia: exótica, com arroz por todos os lados, pimenta, pimenta, pimenta. E claro que as melhores opções estão nas barraquinhas de comida de rua, espalhadas pela cidade. Seguindo a recomendação do mocinho simpático da recepção do Hostel, fui com um amiquinho americano comer na Jalal Alor. O malay (língua falada aqui na Malásia) é bem parecido com o Bahasa (língua falada na Indonésia), então eu conseguia entender """bastante""" coisa. Contas até o número 5, como pedir frango e água. E Jalal, que significa rua. PÁ. Quase uma local.

Chegamos na rua que é, como todas as ruas da Ásia, uma mistura de 25 de março na véspera do Natal, com mercadão municipal, adicionando sempre aquela pitada do calor da Bahia. A maioria dos estabelecimentos vende o que eles chamam de Barbecue, que são os espetinhos de tudo-o-que-você-imaginar, para serem frito/assados/cozidos na hora. Tem carne, verduras, coisas que nem eles sabem o que é, legumes. 

Barbecue asiático e Durian, a fruta proibida!
Essa fruta Durian é super polêmica. Ela tem um cheiro HORRÍVEL que impregna o ar pra sempre. A fruta deve formar um domo de mau cheiro com raio de 2 km, porque a pessoa pode estar comendo Durian 5 barracas na sua frente e o cheiro forte vem direto pro seu nariz. Eu nem tive coragem de experimentar porque só o cheiro já dá uma leve ânsia. A maioria das pessoas ~sensatas~ detesta a fruta, mas tem uma galerinha que ama.

A multa é uma vida sofrida, sem alegrias. Fonte.
Em Singapura inclusive, é proibido andar com Durian no metrô ahaha Não pode nem carregar na sacolinha (é impossível esconder essa fruta, sério). 

Bom, em Jalal Alor, a praça de alimentação é a céu aberto e as pessoas te param na rua para mostrar o cardápio dos restaurantes e barraquinhas. É extremamente difícil escolher onde sentar para comer.

A praça de alimentação da Jalal Alor. Todo mundo junto e misturado.
Além dos barbecues, a rua tem vários outros pratos pra quem tem um estômago de monstro mais forte. Sapos QUE VOCÊ ESCOLHE na hora, gordos, verdes, papudos. Lulas com espinafre, ostras, peixes. Em praticamente todas as barraquinhas é você mesmo que escolhe o que vai comer, fresco (até demais), ali na hora.

Eu só consigo me focar naquele sapo preto GORDO no meio da foto.

Os peixinhos e essa carne que talvez não seja carne. Quem sabe?
Mas nem só de carnes de ~procedência duvidosa~ vivem os Malásios. Tem também frutinhas gostosas e tropicais! Esse stand de frutas não ficava na rua, mas em um centrinho comercial perto do hostel. Passei três vezes na frente dele até me arriscar na manga com chilli, no mamão e em outras frutas das quais eu nunca tinha ouvido falar. O potinho gordo com várias frutas custava algo em torno de 5MYR (R$ 3.95). Escolhi serelepe várias frutinhas e esperei.

Manga com chilli, mamão com pimenta preta. Yummy.
E o que eu recebi? Essa maçaroca aqui. SABE DEUS que molho é esse, que temperos eles jogaram em cima das minhas saborosas frutinhas, mas ficou algo não comestível, triste e azedo. Carreguei essa porqueria por umas horas ainda, na esperança de ficar melhor quando a fome batesse. Não ficou. :(

Frutas a le molho ruim, incomível.
Existem também os stands de docinhos normais, de todos os sabores, gostos, formatos, que eu recomendo muito mais se você não quer ficar com o trauma das frutinhas. 

A festa da glicose!
VOU admitir que eu não comprei os docinhos por quilo por um trauma antigo :( Quando eu era menor fui no shopping e me deram uma sacolinha para eu colocar os docinhos que eu queria e deu uns 50 reais (o que na verdade não é TÃO difícil se a gente considerar que o quilo do docinho é meio milhão de reais) mãaas mesmo assim rolou uma comoção tão grande que eu até fiz os docinhos durarem 2 dias. Inteiros. Comia meia minhoca por vez. #YoCriançaTraumatizada

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Street Food:
Jalal Alor
Mapa: https://goo.gl/maps/QoNNw